Não acredito na singularidade dos sentimentos nem na sua existência individual.
Não há amor, há provas de amor. Há momentos de amor tão profundos e vísceros que se tornam impossíveis de explicar ou decifrar pela sua imensidão. Mas são esses momentos que criam a ilusão de existir o amor, embora ele não exista sozinho, embora ele não seja nada sem provas, gestos, momentos. São eles que provocam a existência do amor como um todo maior e enigmático. Não se ama porque se sente amor, ama-se pela felicidade proporcionada, pela cumplicidade vivida, pela amizade partilhada, pelos fluídos trocados, pela admiração, pelo orgulho... É a conjugação de uma série de emoções, de provas de amor, que criam a ilusão da existência do amor. Mas ele não existe, pelo menos não sozinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário